Você conhece o significado das palavras abaixo?
Fúlgido
Brado
Resplandecer
Vívido
Retumbante
Clava
Fulguras
Colosso
Plácido
Cruzeiro
Penhor
Lábaro
Flâmula
Impávido
Florão
Garrida
E sabe cantar o hino nacional? Porque todas as palavras acima estão no hino nacional brasileiro.
Aprendemos a cantar desde pequeno (questão de civismo), porém duvido todos saibam o significado de todas estas palavras. Somente os mais letrados saberão o significado destas palavras (eu, obviamente, não sabia de todas). Fico pensando então nos nossos brilhantes jogadores de futebol, cantando o hino antes de um jogo.
Seriamos nós papagaios? Um papagaio a repetir aquilo que nos ensinam? Será que um dia ensinarão aos nossos jovens a interpretar o hino nacional? O que esta música quer dizer? Qual a mensagem de todas estas palavras pomposas? PRA QUE TEMOS UM HINO?!?
Não sei, prefiro não pensar na educação no Brasil... O negócio é eu rezar um “pai-nosso” e ir dormir tentando esquecer destas coisas...
GlossárioFúlgido: que brilha, cintilante
Brado: Grito
Resplandece: que brilha, iluminada
Vívido: intenso
Retumbante: som que se espalha com barulho
Clava: arma primitiva de guerra, tacape
Fulguras: Brilhas, desponta com importância
Colosso: grande
Plácidas: calmas, tranqüilas
Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul
Penhor: garantia
Lábaro: bandeira
Flâmula: Bandeira
Impávido: corajoso
Florão: flor de ouro
Garrida: Florida, enfeitada com flores
sábado, outubro 25, 2008
sábado, outubro 18, 2008
“A ESTATÍSTICA não mente, mas você pode mentir usando a ESTATÍSTICA”
Hoje falarei da minha paixão pela estatística: a arte de torturar os números até que eles falem algo.
Temos de ter muito cuidado com as informações estatísticas apresentadas nas mídias por aí. Principalmente em época de eleição (como ainda estamos passando em alguns municípios).
Um exemplo banal: qual chance de uma mulher grávida ter um filho homem? A maioria responde 50%. E eu pergunto por quê. E a resposta geralmente é: “Ah! Porque só existem duas opções: homem e mulher”. Então faço a terceira pergunta: quando você compra um carro 0km, a chance de ele quebrar no primeiro dia de uso é 50%? Porque temos apenas duas opções: quebrar e não quebrar. A resposta geralmente é silêncio.
Aproveitando o exemplo anterior: é sabido que existem mais mulheres que homens no Brasil (e na maior parte do mundo). Com base nesta informação nascem mais homens ou mais mulheres no Brasil? Também quase todo mundo responde que nascem mais mulheres. Errado, por incrível que pareça nascem mais homens que mulheres. Segundo IBGE, do total de nascidos 51,4% são homens.
Por que então existem mais mulheres? Devido à taxa de mortalidade dos homens serem maiores que das mulheres, devido à vários fatores, alguns são óbvios demais, como por exemplo mortes violentas (assassinatos, acidentes, etc.), doenças cardiológicas. Esta desvantagem masculina começa no nascimento: 5,99% dos homens nascem mortos, enquanto entre as mulheres este índice cai para 4,36%.
Outra coisa é a forma de como os números são divulgados, veja a afirmação abaixo:
No Brasil existem 82.859.051 homens com menos de 80 anos e 85.190.198 mulheres também com menos de 80 anos.
Não podemos tirar muitas conclusões com números tão gigantescos assim.
Vamos mudar um pouco, então:
No Brasil existem mais de dois milhões de mulheres a mais do que homens (pra ser mais exato 2.295.147).
(Ops!!! Está sobrando mulher e ninguém me avisa!!!)
Vamos mudar mais um pouquinho a sentença (todas baseadas nos mesmo dados):
No Brasil, a população é divida em 49,32% de homens e 50,68% de mulheres. Ou seja, uma diferença de praticamente apenas 1%.
(Peraí!!! Cadê aquela mulherada sobrando lá de cima?!?)
Lendo está última afirmação, a diferença que antes parecia gritante agora já parece mais amena. E eu ainda posso escrever a mesma informação de uma maneira diferente:
Existem cerca de 103 mulheres cada 100 homens no Brasil.
Como podemos ver, existem várias maneiras de citar a mesma informação, sem mentir, e dar impressão de coisas completamente diferentes.
Ainda existem as pesquisas de opiniões, que dependem muito do tipo de amostragem realizada (pesquisa realizada apenas em regiões favoráveis a um resultado), da quantidade de pessoas entrevistadas (quanto menor o número de entrevistados, menor a precisão da pesquisa), da maneira como é realizada a pergunta (existem perguntas que induzem a uma resposta), etc. Ou seja, é possível fazer uma pesquisa “honesta”, mas que tenda a um resultado desejado.
Enfim, como diz o título deste post: a estatística não mente, mas podemos mentir usando a estatística.
* Os dados citados foram retirados do site do IBGE (onde, acreditem, não existe o cargo de Estatístico), e são referentes ao ano de 2000.
* Um bom livro sobre o assunto da má utilização da estatística é: The culture of fear, Barry Glassner; no Brasil: Cultura do medo, editora Francis. O foco é os Estados Unidos, mas dá pra fazer uma inferência ao Brasil facilmente. Se alguém souber de algum outro livro no estilo, por favor, informe-me.
Temos de ter muito cuidado com as informações estatísticas apresentadas nas mídias por aí. Principalmente em época de eleição (como ainda estamos passando em alguns municípios).
Um exemplo banal: qual chance de uma mulher grávida ter um filho homem? A maioria responde 50%. E eu pergunto por quê. E a resposta geralmente é: “Ah! Porque só existem duas opções: homem e mulher”. Então faço a terceira pergunta: quando você compra um carro 0km, a chance de ele quebrar no primeiro dia de uso é 50%? Porque temos apenas duas opções: quebrar e não quebrar. A resposta geralmente é silêncio.
Aproveitando o exemplo anterior: é sabido que existem mais mulheres que homens no Brasil (e na maior parte do mundo). Com base nesta informação nascem mais homens ou mais mulheres no Brasil? Também quase todo mundo responde que nascem mais mulheres. Errado, por incrível que pareça nascem mais homens que mulheres. Segundo IBGE, do total de nascidos 51,4% são homens.
Por que então existem mais mulheres? Devido à taxa de mortalidade dos homens serem maiores que das mulheres, devido à vários fatores, alguns são óbvios demais, como por exemplo mortes violentas (assassinatos, acidentes, etc.), doenças cardiológicas. Esta desvantagem masculina começa no nascimento: 5,99% dos homens nascem mortos, enquanto entre as mulheres este índice cai para 4,36%.
Outra coisa é a forma de como os números são divulgados, veja a afirmação abaixo:
No Brasil existem 82.859.051 homens com menos de 80 anos e 85.190.198 mulheres também com menos de 80 anos.
Não podemos tirar muitas conclusões com números tão gigantescos assim.
Vamos mudar um pouco, então:
No Brasil existem mais de dois milhões de mulheres a mais do que homens (pra ser mais exato 2.295.147).
(Ops!!! Está sobrando mulher e ninguém me avisa!!!)
Vamos mudar mais um pouquinho a sentença (todas baseadas nos mesmo dados):
No Brasil, a população é divida em 49,32% de homens e 50,68% de mulheres. Ou seja, uma diferença de praticamente apenas 1%.
(Peraí!!! Cadê aquela mulherada sobrando lá de cima?!?)
Lendo está última afirmação, a diferença que antes parecia gritante agora já parece mais amena. E eu ainda posso escrever a mesma informação de uma maneira diferente:
Existem cerca de 103 mulheres cada 100 homens no Brasil.
Como podemos ver, existem várias maneiras de citar a mesma informação, sem mentir, e dar impressão de coisas completamente diferentes.
Ainda existem as pesquisas de opiniões, que dependem muito do tipo de amostragem realizada (pesquisa realizada apenas em regiões favoráveis a um resultado), da quantidade de pessoas entrevistadas (quanto menor o número de entrevistados, menor a precisão da pesquisa), da maneira como é realizada a pergunta (existem perguntas que induzem a uma resposta), etc. Ou seja, é possível fazer uma pesquisa “honesta”, mas que tenda a um resultado desejado.
Enfim, como diz o título deste post: a estatística não mente, mas podemos mentir usando a estatística.
* Os dados citados foram retirados do site do IBGE (onde, acreditem, não existe o cargo de Estatístico), e são referentes ao ano de 2000.
* Um bom livro sobre o assunto da má utilização da estatística é: The culture of fear, Barry Glassner; no Brasil: Cultura do medo, editora Francis. O foco é os Estados Unidos, mas dá pra fazer uma inferência ao Brasil facilmente. Se alguém souber de algum outro livro no estilo, por favor, informe-me.
domingo, outubro 12, 2008
Frases feitas (que eu não suporto mais)
Proibido a permanencia de estranhos ao setor.
Desde 1963 lhe atendendo com qualidade.
Entre sem bater.
Agradecemos a preferência.
Apague a luz ao sair.
Estamos em obras para melhor atendê-lo.
Visite Ubatuba.
Só entre se for convidado.
Desligue o motor, apague os faróis.
Proibido estacionar.
Favor identificar-se na portaria.
Seja bem vindo à Caraguatatuba.
Peça pelo número.
Sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
Obrigado, volte sempre.
Mantenha-se à esquerda.
Inflamável! Não fume.
Agite antes de usar.
Tudo pela metade do preço.
Persistindo os sintomas o médico deverá ser consultado.
Perca peso agora. Pergunte-me como.
O ministério da saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde.
Beba com moderação.
Desde 1963 lhe atendendo com qualidade.
Entre sem bater.
Agradecemos a preferência.
Apague a luz ao sair.
Estamos em obras para melhor atendê-lo.
Visite Ubatuba.
Só entre se for convidado.
Desligue o motor, apague os faróis.
Proibido estacionar.
Favor identificar-se na portaria.
Seja bem vindo à Caraguatatuba.
Peça pelo número.
Sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
Obrigado, volte sempre.
Mantenha-se à esquerda.
Inflamável! Não fume.
Agite antes de usar.
Tudo pela metade do preço.
Persistindo os sintomas o médico deverá ser consultado.
Perca peso agora. Pergunte-me como.
O ministério da saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde.
Beba com moderação.
sábado, outubro 04, 2008
sexta-feira, outubro 03, 2008
Auto-propaganda...
Como podem ver (ou ninguém vê) faz tempo que não tenho tempo de atualizar o barraco aqui.
Aproveita que está aqui e visita a velha casa também (tem mais posts, hehe):
http://tempestadesneurais.zip.net/
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